António Chainho dá o seu abraço à guitarra em Oeiras com vários convidados

O mestre guitarrista apresenta este sábado o seu novo disco no Convento da Cartuxa, com Marta Pereira da Costa, Pedro Jóia, José Manuel Neto e outros convidados. Às 22h.

Foto
António Chaínho com a sua guitarra NUNO FERREIRA SANTOS
Ouça este artigo
--:--
--:--

Exclusivo Gostaria de Ouvir? Assine já

O “ano Chainho” continua num bom rumo. Com 85 anos completados em Janeiro, o mestre da guitarra portuguesa António Chainho tem vindo a apresentar ao vivo o seu mais recente disco, O Abraço da Guitarra, numa digressão que começou em finais de Janeiro em Reguengos de Monsaraz e que terminará dia 24 de Novembro em Lisboa, no CCB. Já passou por Arcos de Valdevez (em Abril), Setúbal (em Maio) e este sábado estará em Oeiras, no Convento da Cartuxa (Caxias), às 22h, com Marta Pereira da Costa, José Manuel Neto (ambos na guitarra portuguesa), Pedro Jóia (guitarra clássica), o quarteto de cordas Naked Lunch (Francisco Ramos, Fernando Sá, João Paulo Gaspar e Tiago Rosa), Ciro Bertini (baixo acústico e acordeão) e Tiago Oliveira (viola de fado). Esta “viagem”, segundo o programa, será “ilustrada em palco pelo olhar do realizador Tiago Figueiredo”, que está a rodar um documentário sobre a vida e obra de António Chainho. Vida e obra que será, também, mote para dois livros: uma biografia (a cargo de Moema Silva) e um romance nele inspirado (pelo escritor Afonso Cruz).

O espectáculo marcado para os claustros exteriores do Convento da Cartuxa é uma viagem pela carreira de António Chainho, acrescida da apresentação do novo álbum, um disco com o qual ele quis homenagear guitarristas que o inspiraram, mas também vários acompanhantes. Abrangendo nomes que vão de José Nunes, Carvalhinho, Armandinho e Raul Nery, até “violas” com os quais partilhou ou partilha o palco, como José Elmiro, Carlos Silva, Carlos Manuel Proença ou Tiago Oliveira. “Sempre pensei que um dia gostava de fazer um trabalho a homenagear aqueles que foram os meus professores através da rádio”, disse ele ao PÚBLICO em Janeiro, justificando assim este seu novo trabalho: “É um agradecimento que faço a esses grandes guitarristas da época.”

Alentejano, nascido em São Francisco da Serra, Santiago do Cacém, em 27 de Janeiro de 1938, António Chainho deu a volta ao mundo a acompanhar fadistas (Ada de Castro, Tereza Tarouca, Carlos do Carmo, Frei Hermano da Câmara, Hermínia Silva, Maria Teresa de Noronha, António Mourão, entre outros), cantoras como as brasileiras Gal Costa e Fafá de Belém, a espanhola Maria Dolores Pradera, a japonesa Sakui Kubota ou com os seus próprios projectos.

Em disco, estreou-se com o álbum Guitarradas (1975), seguido de Guitarra Portuguesa (1977), António Chainho – The London Philharmonic Orchestra (1995), A Guitarra e Outras Mulheres (1998), Lisboa-Rio (2000), António Chainho e Marta Dias Ao Vivo no CCB (2003), LisGoa (2010), Entre Amigos (2012) e Cumplicidades (2015). A par deles, participou em álbuns de José Cid, Carlos do Carmo, José Afonso, Rão Kyao, António Pinto Basto, Adriana Calcanhotto, Blasted Mechanism ou colectâneas como Onda Sonora: Red Hot + Lisbon ou Biografia da Guitarra.

Foto
Nuno Ferreira Santos

Em Julho, da agenda de António Chainho constam dois concertos: o primeiro em Ponte de Lima, na abertura do Festival Percursos da Música (dia 15), e o segundo em Santiago do Cacém (dia 24), com Marta Pereira da Costa (guitarra portuguesa), Carlos Silva (viola de fado) e Francisco Vaz (um jovem aluno da Escola de Guitarra que fundou).

Sugerir correcção
Comentar