Recruta do Curso de Comandos já saiu do coma e está a “recuperar o estado neurológico”

Militar estava a fazer uma uma marcha-corrida de 15 quilómetros do Curso de Comandos quando se sentiu mal. Esteve em coma induzido, mas está a recuperar a consciência.

Foto
Não é a primeira vez que instruendos do curso de Comandos são hospitalizados Mário Cruz/Lusa
Ouça este artigo
--:--
--:--

O militar de 21 anos que participava no 139.º Curso de Comandos, e que estava em coma induzido depois de se ter sentido mal numa prova, já saiu deste estado e está a recuperar a consciência. De acordo com a uma fonte do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, onde o recruta está internado desde 12 de Junho, está a ter uma “evolução favorável e a recuperar o estado neurológico”. O Exército confirmou também, em comunicado, que o militar já saiu do coma induzido, “encontrando-se a respirar de forma autónoma”.

O jovem de 21 anos, que é natural da zona Norte do país, estava numa prova de “instrução de marcha-corrida, com a distância de 15 quilómetros, com carga de cinco quilos, no quilómetro 14”, quando se sentiu mal e foi assistido pela equipa médica militar, explicou o Exército num comunicado enviado na passada terça-feira.

O curso teve início a 12 de Abril e, após o incidente, foi interrompido durante alguns dias, por determinação do chefe do Estado-Maior do Exército, “até à conclusão da avaliação clínica de todos os instruendos”. Foi, entretanto, retomado, sem terem sido registadas “quaisquer alterações fora dos padrões definidos”. Foi também iniciado um processo de averiguações interno, segundo informou o Exército.

O curso está, actualmente, na 11.ª semana de um total de 17 e conta com “22 instruendos em formação de um total inicial de 52 formandos”. O que significa que 30 abandonaram o curso, quer por desistência, quer por dispensas. “Estes cursos de tropas especiais, como é o caso dos Comandos, são cursos exigentes, seja a nível físico, técnico e intelectual”, explicou ao PÚBLICO, na terça-feira, o porta-voz do Exército,​ tenente-coronel Hélder Parcelas.

Em muitos casos, os recrutas desistem por questões pessoais e familiares, noutros “a equipa de formadores e médicos concluem que não têm condições para continuar” e os militares acabam por abandonar, refere, justificando assim o facto de permanecer no curso menos de metade dos instruendos que o iniciaram.

No anterior Curso de Comandos, o 138.º, seis instruendos foram hospitalizados em Setembro passado, sendo que um deles foi sujeito a um transplante hepático.

Sugerir correcção
Comentar