“Há muitos pequenos interesses que fazem com que seja difícil implementar soluções de fundo”, lamenta Diogo Ayres de Campos, que acaba de ser exonerado do cargo de director do departamento de obstetrícia do Hospital de Santa Maria por ter questionado o plano de obras que implica o fecho da maternidade durante um ano e a transferência de equipas para o Hospital de S. Francisco Xavier. O médico recusa-se a falar da exoneração por “razões jurídicas”, mas, como coordenador da comissão de acompanhamento da resposta em urgência de ginecologia/obstetrícia e bloco de partos, não se coíbe de criticar a estratégia adoptada pela direcção executiva do Serviço Nacional de Saúde (SNS) para organizar a resposta dos hospitais públicos nesta área. Diz que os problemas de fundo continuam por resolver e que a situação actual não é muito diferente da que existia no conturbado Verão do ano passado.
O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.