Diogo Ayres Campos: médicos e enfermeiros “não podem ser usados como peões” para “tapar buracos”

O coordenador da comissão para as urgências de obstetrícia discorda da estratégia seguida pela direcção executiva do SNS para os blocos de partos.

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Diogo Ayres de Campos foi exonerado do cargo de director do departamento de obstetrícia do Hospital de Santa Maria Nuno Ferreira Santos
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“Há muitos pequenos interesses que fazem com que seja difícil implementar soluções de fundo”, lamenta Diogo Ayres de Campos, que acaba de ser exonerado do cargo de director do departamento de obstetrícia do Hospital de Santa Maria por ter questionado o plano de obras que implica o fecho da maternidade durante um ano e a transferência de equipas para o Hospital de S. Francisco Xavier. O médico recusa-se a falar da exoneração por “razões jurídicas”, mas, como coordenador da comissão de acompanhamento da resposta em urgência de ginecologia/obstetrícia e bloco de partos, não se coíbe de criticar a estratégia adoptada pela direcção executiva do Serviço Nacional de Saúde (SNS) para organizar a resposta dos hospitais públicos nesta área. Diz que os problemas de fundo continuam por resolver e que a situação actual não é muito diferente da que existia no conturbado Verão do ano passado.

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