P24. Masculinidade “requentada” de Andrew Tate “não é liberdade de expressão, é crime”
Para Tiago Rolino, investigador do CES, a misoginia e outros tipos de discurso de ódio não fazem parte da liberdade de expressão - são comportamentos criminosos.
O influencer britânico Andrew Tate foi formalmente acusado de violação, tráfico humano e de exploração sexual. O seu irmão Tristan e dois sócios também foram acusados.
Desde março que o britânico estava em prisão domiciliária, mas continuava bastante ativo no Twitter. As ideias polémicas que partilha sobre a masculinidade e o papel da mulher na sociedade têm milhões de adeptos.
Porque é que este tipo de ideias continua a fazer sucesso entre os jovens em 2023?
Neste episódio de P24, conversamos com Tiago Rolino. O investigador do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra e do Equi-X na área das estratégias dirigidas à construção de identidades de género considera que a masculinidade apresentada por Andrew Tate é "requentada" - um "regresso ao passado" - e que as suas declarações misóginas não deviam ter lugar nas redes sociais.
“Não é liberdade de expressão, é crime. As redes sociais devem estar atentas a comportamentos criminosos”, considera o investigador.
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