O conhecido artista Henk Schiffmacher e a sua equipa estão a fazer tatuagens das obras mais emblemáticas do pintor holandês Rembrandt van Rijn num estúdio pop-up instalado na antiga casa do pintor, que foi transformada em museu, em Amesterdão.
Chamaram ao evento "Rembrandt do homem pobre", referindo-se ao baixo custo de uma tatuagem — dependendo do tamanho, entre 100 e 250 euros — em comparação com uma pintura de Rembrandt, apesar de as tatuagens não serem feitas com menos cuidado.
"Para ter um Rembrandt é preciso ter muito dinheiro, mesmo que se queira uma pequena pintura. Mas nós fazemos-te um Rembrandt acessível que durará até ao fim dos teus dias", diz Schiffmacher.
"Até se pode levar este Rembrandt para a praia", acrescenta, divertido. As pessoas interessadas tiveram de ser rápidas — o evento de uma semana esgotou em 15 minutos, disse o director da Casa-Museu Rembrandt, Milou Halbesma, embora também estejam disponíveis entradas sem marcação.
Halbesma espera que a iniciativa encoraje muita gente a visitar o museu. "Estamos sempre à procura de formas de garantir que Rembrandt se mantém vivo", explica, acrescentando que Rembrandt costumava dar aulas aos alunos na sua casa e que Schiffmacher também tem alunos.
Lillian Ramcharan, funcionária da Casa Rembrandt, foi a primeira a fazer uma tatuagem. Escolheu uma imagem de Hansken, elefante asiática fêmea que viajou pela Europa do século XVII. O museu dedicou uma exposição a Hansken há dois anos, que incluía o crânio do elefante. "Por isso, parece que a vi na vida real", justifica-se Ramcharan.
Schiffmacher está a gostar da experiência de trabalhar na casa de Rembrandt e planeia fazer ele próprio uma tatuagem da obra do mestre. "O seu espírito e a sua alma ainda estão no edifício", garante.