Robert Gottlieb (1931-2023), o último grande editor foi sobretudo um grande leitor

Toni Morrison, John Cheever, Ray Bradbury... Boa parte da literatura da segunda metade do séc. XX saiu da sensibilidade editorial de Robert Gottlieb, em duas grandes editoras e na revista New Yorker.

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Robert Gottlieb é a imagem do último dos editores de uma geração que romantizou as artes e a literatura em particular Thomas Victor/Wild Surmise Productions, LLC, via Sony Pictures Classics
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“Fomos feitos um para o outro.” A declaração, curta, encerra a raiz de um encontro entre dois dos maiores nomes da literatura do século XX: a escritora Toni Morrison e o editor Robert Gottlieb. Gottlieb fez esta afirmação depois da saída de God Help the Child, em 2015, e que seria o último romance da Nobel da Literatura. Era o 11.º de Morrison e o 10.º que faziam juntos desde que a escritora se mudou para a Knopf. Estreara-se em 1970, com O Olhar Mais Azul, e em 1972, já com Gottlieb, saía Sule. A relação de trabalho durou quase meio século, até Morrison morrer em 2019, aos 88 anos, a mesma idade de Gottlieb na altura.

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