Os dados são do Serviço de Alterações Climáticas do Programa Copérnico (C3S, na sigla em inglês): os primeiros 11 dias do mês de Junho tiveram já as temperaturas mais elevadas de que há registo para esta época do ano, segundo foi anunciado na quinta-feira. O aumento das temperaturas em Junho de 2023 é visível neste gráfico, que mostra a temperatura média em graus Celsius para vários anos com temperaturas elevadas.
Esta foi também a primeira vez que as temperaturas globais do ar à superfície em Junho excederam os 1,5 graus Celsius em relação aos níveis pré-industriais (ainda que este valor já tenha sido ultrapassado pontualmente noutros meses).
Já este ano, no início de Março, a temperatura média à superfície tinha ultrapassado o limite de 1,5ºC.
“O mundo acaba de registar o início de Junho mais quente de que há registo, após um mês de Maio que foi menos de 0,1ºC mais frio do que o Maio mais quente de que há registo”, resumiu Samantha Burgess, directora adjunta do C3S.
“A monitorização do nosso clima é mais importante do que nunca para determinar com que frequência e durante quanto tempo o aumento das temperaturas globais está a exceder 1,5ºC. Cada fracção de grau é importante para evitar consequências ainda mais graves da crise climática.”