No Grande Prémio de Itália, mais uma queda arruinou a terceira descolagem do Falcão. Não conseguindo alcançar a Cloud 9, que se traduziria numa corrida terminada no top 15 para poder somar mais pontos neste Mundial de velocidade.
Esta foi a primeira corrida após a pausa, fulcral para a adaptação do piloto português. Não estando na sua melhor forma física, e sendo um fim-de-semana com muito calor, Miguel Oliveira enfrentou dificuldades para recuperar o seu ritmo, posicionando-se nos últimos lugares da tabela classificativa dos treinos livres. Na Sprint surpreendeu, rasgando a linha da meta em 12º lugar, após a qualificação na 18ª posição da grelha de partida.
Oliveira havia revelado o desconforto sentido em cima da mota, aquando de um evento da Aprillia (precedente à corrida em questão) e cai a 13 voltas do final, quando se classificava em 13º lugar. Curiosamente, conta com 13 quedas em corrida desde a sua estreia em MotoGP — até o número evidencia uma tendência…
Esta fase do campeonato, com vários grandes prémios consecutivos, coloca o atleta diante de um desafio exigente: sem tempo para descansar e efectuar uma preparação adequada para a próxima corrida, o piloto natural de Almada terá de superar rapidamente as adversidades, enquanto o Grande Prémio da Alemanha se avizinha.
Se a equipa médica tivesse dado "luz verde" para a participação de Miguel Oliveira apenas na próxima corrida, talvez fossem maiores as hipóteses de a concluir com sucesso. Em contrapartida, a sua presença em Mugello poderá ser uma mais-valia para a sua próxima prestação.
Conhecido como "Mickey Mouse", o circuito de Sachsenring deve a alcunha peculiar à sua curta extensão. No entanto, não se deve subestimar a sua complexidade: oito das treze curvas concentram-se em aproximadamente metade do circuito.
Este é um local no qual Miguel Oliveira já mostrou que se sente confiante, sendo um dos poucos pilotos que superou o recorde estabelecido por Marc Marquez na categoria rainha. Com a fractura no úmero ainda em processo de recuperação, o futuro do piloto português não se vislumbra nada fácil. Os próximos dias serão importantes para ganhar maior resistência no ombro e, assim, poder superar quaisquer obstáculos.
Prevê-se que o piloto da RNF Aprilia e a sua equipa façam um planeamento estratégico a médio e longo prazo, mantendo o foco no Grande Prémio da Grã-Bretanha, a realizar-se no início de Agosto, após uma pausa de cerca de um mês. Esta proporcionará aos pilotos a oportunidade de descansar e revitalizar-se, para voltarem à temporada em força.
Miguel Oliveira levanta-se do asfalto, novamente, com determinação, esperando “dar a volta à situação”, afirma em declarações divulgadas pela assessoria de imprensa da equipa. O seu desempenho no último fim-de-semana promete resultados prósperos, mas o mais sensato será não elevar muito as expectativas e torcer por uma corrida sem quedas.