Condenado homem que ateou fogo a carro da Queima das Fitas

Indivíduo reagiu com violência a agentes que o detiveram em Maio passado em Coimbra, tendo ficado em prisão preventiva.

Foto
Paulo Novais/Lusa

O Tribunal Judicial de Coimbra condenou a quatro anos e meio de prisão o homem que ateou fogo a um carro que integrava o cortejo da Queima das Fitas de Coimbra, anunciou esta quarta-feira a Procuradoria da Comarca.

Numa informação disponibilizada no seu site, a Procuradoria da República da Comarca de Coimbra refere que o Ministério Público do Juízo Local Criminal de Coimbra apresentou a julgamento em processo sumário, a 6 de Junho, um detido de 30 anos "pela prática de um crime de incêndios, explosões e outras condutas especialmente perigosas, e de um crime de resistência e coação sobre funcionário".

"O tribunal considerou provados todos os factos descritos na acusação, que o arguido confessou integralmente, condenando-o na pena única de quatro anos e seis meses de prisão", adianta a Procuradoria.

Tudo aconteceu no dia 23 de Maio, quando o arguido, "munido de um isqueiro, ateou fogo ao revestimento, composto por papel e plástico de um dos carros que integrava o cortejo". Dado que esse revestimento era de fácil combustão, "o incêndio progrediu rapidamente, tendo ardido a parte de trás do carro, no qual eram transportados cerca de 20 estudantes universitários".

O fogo foi prontamente extinto devido à "rápida intervenção dos bombeiros e do auxílio de alguns estudantes", esclarece a Procuradoria. Depois o incendiário colocou-se em fuga tendo agredido um agente policial que o perseguiu, "causando-lhe lesões que lhe determinaram 10 dias de incapacidade para o trabalho".

"Intervieram, ainda, na imobilização do arguido, outros dois agentes de autoridade, a quem aquele atingiu com pancadas para tentar evitar a acção policial", acrescenta a Procuradoria. Com antecedentes criminais pela prática de diversos crimes, incluindo roubo, o arguido já cumpriu pena de prisão efectiva, encontrando-se em prisão preventiva.

Esta sentença foi proferida na segunda-feira e ainda não transitou em julgado.

Segundo uma nota da PSP sobre a ocorrência, o suspeito foi detido na Praça da República, em Coimbra, após um alerta efectuado por um estudante, tendo sido necessário recorrer ao uso de gás pimenta, devido ao "comportamento altamente violento e agressivo do homem". Na detenção colaborou um elemento da Guarda Nacional Republicana fora de serviço, que se encontrava a assistir ao cortejo.