Portugal não tem medicamentos nem terapias comparticipadas para deixar de fumar

Espera por uma consulta de apoio a cessação tabágica nos hospitais pode chegar a um ano. Laboratório não pediu comparticipação para fármaco antigo que foi aprovado há dois anos em Portugal.

Foto
Médicos defendem que facilitar acesso a fármacos para deixar de fumar seria um sinal muito importante numa altura em que o Governo propõe novas restrições Manuel Roberto
Ouça este artigo
--:--
--:--

Exclusivo Gostaria de Ouvir? Assine já

A proposta de alteração à Lei do Tabaco é genericamente aplaudida pelos especialistas em prevenção do tabagismo, mas há lacunas que é preciso colmatar. Em Portugal não existem actualmente medicamentos de apoio à cessação tabágica nem substitutos de nicotina comparticipados pelo Estado e quem quer deixar de fumar tem de os pagar do seu bolso, o que, sobretudo para pessoas com rendimentos muito baixos, constitui um obstáculo de peso. Acresce que as consultas de apoio intensivo à cessação tabágica diminuíram durante a pandemia e, apesar de o seu número ter aumentado no ano passado, continua a ser muito reduzido e há locais onde é necessário aguardar meses por uma consulta presencial.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.