Infografias
Exames nacionais: breve guia para os próximos dias
Há quase 150 mil alunos do ensino secundário que se inscreveram nos exames nacionais. O exame mais concorrido é o de Biologia e Geologia, à semelhança dos anos anteriores, seguindo-se o de Português. A maioria dos inscritos são jovens que pretendem candidatar-se ao ensino superior. A época de exames arranca a 19 de Junho. Aqui reunimos um breve guia para as próximas semanas, com algumas regras a cumprir e datas essenciais.
Por causa da pandemia e do impacto que ela teve no ensino, as provas nacionais continuam a não ser, para a generalidade dos alunos, provas de conclusão do ensino secundário, mas sim provas de acesso ao ensino superior. A medida excepcional criada com a covid-19 continua assim em vigor. Ou seja, os alunos que estão a concluir o 11.º ou o 12.º ano têm de fazer apenas aquelas provas de que necessitam para se candidatarem ao ensino superior (o leque de provas de ingresso varia conforme os cursos). Já alunos com classificação interna (a que é dada pelos professores no final do ano) inferior a 10 valores devem realizar, como alunos autopropostos, o exame final nacional da disciplina para obter aprovação. A nota final da disciplina corresponderá, nestes casos, à nota do exame. É ainda permitida a realização de exames finais nacionais para melhoria de nota, relevando o seu resultado apenas como classificação de prova de ingresso.
As perguntas não são todas obrigatórias. As provas que os alunos vão realizar terão um grupo de questões opcionais em que só são contabilizadas as melhores respostas.
Os classificadores classificam todas as respostas aos itens que os alunos apresentarem na sua prova e registam a pontuação atribuída em cada resposta. A classificação final da prova será calculada automaticamente pelo sistema informático, o qual seleccionará, por um lado, as respostas aos itens que contribuem obrigatoriamente para a classificação final e, por outro, de entre as demais respostas, todas com a mesma cotação, as que obtiverem melhor pontuação. Os alunos poderão responder a todos os itens. O sistema informático seleccionará automaticamente apenas as respostas que contribuem obrigatoriamente para a classificação final. Por exemplo, numa prova com 20 itens, 10 poderão contribuir obrigatoriamente para a classificação final da prova. Dos restantes 10 itens, serão escolhidos automaticamente os 5 em que o aluno obteve melhor pontuação. Neste exemplo, a cotação total da prova de 200 pontos corresponde à soma das cotações referentes aos 10 itens que contribuem obrigatoriamente para a classificação final e das cotações dos 5 itens restantes.
Até 2019, a nota do exame valia 30% da classificação final de cada disciplina. Desde 2020 que não é assim. Para os alunos que têm avaliação de 10 ou mais, a nota final é determinada apenas pela nota dada pelos professores ao longo do ano.
Sim, nas disciplinas que os alunos elejam como provas de ingresso, relevando o seu resultado apenas como classificação de prova de ingresso.
As instituições de ensino superior exigem uma classificação mínima nos exames realizados como provas de ingresso, fixada num valor igual ou superior a 95 pontos, na escala de 0 a 200.
Por equipas especializadas, da responsabilidade do Instituto de Avaliação Educativa. A classificação dos exames finais nacionais faz-se em regime de anonimato, fora dos estabelecimentos de ensino, sendo da competência do Júri Nacional de Exames.