É o fim de um ciclo: nos últimos seis anos, Greta Thunberg levou jovens de todo o mundo a seguir o seu exemplo e a lutar pelo clima todas as sextas-feiras. Mas agora, com o fim oficial do seu percurso escolar, a activista de 20 anos já não vai poder fazer (pelo menos, de forma oficial) greve estudantil – contudo, promete que não vai deixar de se manifestar.

As greves escolares começaram em 2018, quando a activista começou a protestar no exterior do Parlamento sueco contra os combustíveis fósseis e prometeu que só regressaria à escola quando os políticos agissem. Como resultado ficou um ano afastada dos estudos e motivou milhares de protestos escolares pelo mundo fora. Agora, esse capítulo chega ao fim.

Numa publicação do Twitter, a activista sueca explica que terminou o secundário e que isso a impede de continuar a participar nas greves. O protesto desta sexta-feira (no sítio do costume, em frente ao Parlamento sueco) foi o último.

“Hoje termino o meu percurso escolar, o que significa que já não posso fazer greve estudantil pelo clima”, lê-se na publicação. No entanto, a jovem de 20 anos prometeu continuar a manifestar-se às sextas-feiras “mesmo que tecnicamente não seja greve estudantil”.

“Nós, que podemos falar, temos o dever de o fazer. Para mudar tudo, precisamos de todos. Não temos outra opção senão fazer tudo o que estiver ao nosso alcance. A luta está apenas a começar”, escreveu.

Greta Thunberg tornou-se no símbolo da luta pelo clima e marcou presença em vários protestos climáticos. Também foi detida várias vezes. Só neste ano foi detida uma vez pela polícia alemã num protesto contra o carvão e em Março pelas autoridades norueguesas, quando se manifestava contra turbinas eólicas construídas em territórios de uma comunidade indígena.