A subalterna pode e vai falar

Os braços delas engomam lençóis, embalam bebés, lavam doentes – entre contratempos com o SEF e mais mal-entendidos pós-coloniais. pêndulo é justiça poética, empoderada por oito imigrantes.

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O novo espectáculo do encenador e cineasta constitui o seu sétimo encontro com não-actores oriundos de “comunidades frágeis” e a que o sistema dá pouca ou nenhuma voz; desta vez, foi à procura da força de trabalho maioritariamente imigrante que alimenta a indústria do serviço doméstico e dos cuidados domiciliários na Grande Lisboa
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De costas para o Tejo, o carro ziguezagueia Barreiro acima, passado colonial português adentro. Rua de Maputo, Rua de Bissau, Rua de Luanda, Rua de São Tomé e Príncipe, Praceta do Lobito, Rua de Damão, o império que a toponímia suburbana de novo levanta no Portugal do século XXI parece por momentos de pedra e cal, até se esfiapar, literalmente, na cena seguinte.

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