Rosalía, fera e feérica, num espectáculo pop no palco, nos ecrãs, nas selfies
Das coreografias à cenografia, dos adereços à iluminação, da musicalidade ao gesto, a cantora catalã protagonizou um concerto cheio de detalhe e inventividade no segundo dia do Primavera Sound Porto.
Sentada ao piano, Rosalía começa a tocar e a cantar Candy, fazendo-a ainda mais mel e fel, ainda mais coração escancarado, ainda mais saudade e nostalgia. Mas não se demora: a vulnerabilidade passa rapidamente a empoderamento, com ela a subir para cima do piano, com ela de cabelos esvoaçantes a deixar a voz fluir em toda a sua potência e dramaticidade, em todo o seu fogo e afago. Os seus bailarinos rodeiam-na, em baixo, como que a olhar uma rainha, entra a batida reggaetón bascular e titânica, inicia-se mais uma coreografia pensada ao detalhe e cumprida na precisão - mas sempre com uma adoração genuína por aquilo que se está a construir em palco.
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