Os corpos interrompidos pela memória de Joana Castro

De espectáculo de dança a filme, parte da mesma fantasmagoria para explorar uma outra noção de temporalidade. Esta sexta-feira no Cinema São Jorge, Lisboa, integrado no Temps d’Images.

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CATHERINA CARDOSO
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No último mês da sua criação Darktraces: On Ghosts and Spectral Dances, apresentada em 2022 na Fundação Serralves, Joana Castro começou a questionar-se sobre como todas as questões de espectralidade e percepção de temporalidade, que explorava com as intérpretes em palco, poderiam ser transpostas para uma linguagem cinematográfica. Até porque estando também a “pensar na dança como uma arte efémera”, diz ao PÚBLICO sobre a peça original, “e a pensar o movimento de um corpo que desaparece e que ao desaparecer não há propriamente um traço permanente que fique”, intuía que haveria outros lugares de percepção e de interpretação a emergir, se a mesma dança surgisse mediada por uma arte que tem a capacidade de fixar.

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