Trocou umas passas com Galamba, mas não inalou a conversa

A telenovela do computador tem sido péssima ao nível da ética — mas magnífica ao nível da linguística.

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Bill Clinton deixou para a posteridade duas intervenções memoráveis na arte de torturar a linguagem em proveito próprio. A primeira foi a 29 de Março de 1992, durante a corrida para a presidência dos Estados Unidos. Ele já antes fora questionado acerca do consumo de drogas na juventude e respondera que nunca na vida violara qualquer lei estatal ou federal. Mas nesse dia um jornalista esperto perguntou-lhe: “E violou a lei de outro país?” Aí, Clinton admitiu que, 20 anos antes, em Inglaterra, tinha fumado marijuana “a time or two”. Acrescentou: “Não gostei. Não inalei. E nunca mais experimentei.” A frase “fumei, mas não inalei” tornou-se, a partir daí, um clássico da sonsice em política.

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