André Peralta Santos é o novo subdirector-geral da Saúde

Manuel Pizarro nomeou André Peralta Santos em regime de substituição.

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André Peralta Santos substitui Rui Portugal LUSA/ RODRIGO ANTUNES
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O ministro da Saúde, Manuel Pizarro, nomeou esta segunda-feira André Peralta Santos, médico de Saúde Pública, como subdirector-geral da Saúde, em regime de substituição.

André Peralta Santos desempenhava funções na Direcção-Geral de Saúde como coordenador do projecto PaRIS - Estudo Internacional sobre os Resultados e Experiências dos Utentes com os Serviços de Saúde. É mestre em Saúde Pública pela Universidade Nova de Lisboa e doutorado em Saúde Global pela Universidade de Washington.

"O novo subdirector-geral da Saúde é professor assistente convidado na Escola Nacional de Saúde Pública, onde lecciona nas áreas de Epidemiologia e Ciência de Dados, desenvolvendo investigação relacionada com as consequências de doenças infecciosas com potencial epidémico ou pandémico, tanto nos sistemas de saúde como na saúde da população", apresenta o Ministério da Saúde, em comunicado enviado às redacções.

O médico de Saúde Pública, que entra em funções na terça-feira, substitui Rui Portugal, que apresentou a demissão do cargo de subdirector-geral na semana passada, sem apresentar justificações.

Decorre neste momento um concurso "urgente" para encontrar o novo director-geral da Saúde, depois de Graça Freitas ter optado por não renovar o seu mandato, que terminou em Dezembro passado. Nessa altura, a médica de 65 anos comunicou a Manuel Pizarro a intenção de abandonar o cargo para se aposentar, recusando mais cinco anos à frente da DGS. Chegaram, então, a acordo para que permanecesse ao leme da instituição até ser encontrado um substituto.

Mas o concurso para a sua substituição arrastou-se e demorou cinco meses a ser aberto. Aliás, tornou-se urgente apenas quando Rui Portugal, único candidato ao lugar da médica de Saúde Pública, se demitiu, obrigando Graça Freitas a interromper as férias (que tencionava manter até à reforma) e a regressar à DGS para que a instituição não ficasse sem chefia.

Rui Portugal era subdirector desde Agosto de 2020 e chegou a assumir a direcção da DGS durante a pandemia, enquanto Graça Freitas se encontrava em isolamento. Há quatro meses assumiu mesmo estar pronto para se candidatar a director-geral da Saúde: "Estou totalmente preparado para apresentar uma candidatura à Cresap [Comissão de Recrutamento e Selecção para a Administração Pública]."​

"Tenho currículo, experiência local, regional, nacional e internacional que mo permite. Tenho privilégio, pela família que tenho, de ter praticamente percorrido o território nacional. Conheço o país", argumentou, em entrevista ao PÚBLICO, em Fevereiro. "Acho que posso dar um contributo muito significativo, quer no discurso, quer na agenda."

A DGS passou a ter apenas um subdirector-geral depois de Ricardo Mestre ter saído, em Setembro do ano passado, para desempenhar funções enquanto secretário de Estado da Saúde. Também não chegou a ser substituído.

O concurso para o cargo de director-geral da Saúde foi aberto esta segunda-feira pela Cresap e o prazo para a apresentação de candidaturas é de dez dias úteis.

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