Um Mourinho universalmente reconhecido

O que Mourinho hoje transporta é mais difícil de distinguir da bagagem de qualquer outro treinador: as justificações eminentemente racionais de quem rejeita magia e superstição.

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Nos dias que antecederam a final da Liga Europa, disputada entre a Roma e o Sevilha na passada quarta-feira, o modo mais popular de enquadrar o jogo foi como um duelo entre dois talismãs. Também houve, como seria natural, alguma conversa cautelosa sobre momentos de forma, sistemas tácticos, qualidades relativas dos plantéis, orçamentos, lesões e castigos, mas tudo correctamente subordinado a um confronto de soma zero entre duas superstições até agora infalíveis: o Sevilha nunca perdera uma final da Liga Europa (em seis ocasiões) e Mourinho nunca perdera a final de uma competição europeia (em cinco). Que os termos de comparação não fossem exactamente simétricos — um clube, vários treinadores vs. um treinador, vários clubes — não afecta a validade: uma de duas blindagens milagrosas iria desaparecer, e esse era o factor determinante para encarar a final.

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