Morreu o cineasta francês Jacques Rozier
Jacques Rozier era um dos últimos nomes associados à “Nouvelle Vague” francesa. Tinha 96 anos.
O realizador francês Jacques Rozier, que integrou a "Nouvelle Vague" francesa, morreu na sexta-feira aos 96 anos, noticiou este sábado o jornal Le Monde. Jacques Rozier, a quem o festival IndieLisboa e a Cinemateca dedicaram uma retrospectiva em 2018, fez cinema e televisão, deixando curtas-metragens e apenas seis longas-metragens, entre as quais Adieu Philippine (1962).
Aquando da retrospectiva em Lisboa, a Cinemateca Portuguesa lembrava a "reputação lendária" de Jacques Rozier, "de produções de conclusão difícil, espaçadas no tempo, concomitantemente sujeitas a dificuldades de divulgação, a entraves impostos pela falta de distribuição ou pela distribuição tardia e não poucas vezes excessivamente discreta dos filmes".
Jacques Rozier, que nasceu em Paris em 1926 e entrou no cinema influenciado por Jean Renoir e Jean Vigo, era um dos últimos nomes associados à "Nouvelle Vague" francesa e possivelmente o menos divulgado.
Entre os filmes que realizou, e nenhum teve estreia comercial em Portugal, contam-se Rentrée des Classes (1955), Les naufragés de l"île de la tortue (1976) e Maine Océan (1985).
Destaque para este último, "com apurado sentido musical", como descreveu a Cinemateca, e que foi produzido por Paulo Branco, com direcção de fotografia de Acácio de Almeida.