António José Zuzarte tinha mais de 17.000 insectos em casa. Museu vai dar-lhes uma nova vida
Entomologista amador apanhou durante anos e anos centenas de insectos dentro e fora de Portugal. Agora doou-os ao Museu Nacional de História Natural e da Ciência da Universidade de Lisboa.
A uns passitos da praça de Monforte, depois de passarmos debaixo de um arco que marca o início da rua, batemos à porta: truz-truz! Logo do lado de lá se sente que alguém aí vem – é António José Zuzarte. Vem em sobressalto e faz um alerta: “Já não vinha aqui há um ano. Há insectos atacados!” Nota-se o seu esmorecimento, mas de imediato nos pede para subirmos as escadas e vermos por nós próprios. Há duas portas como caminho e escolhemos a entrada directa para o que viemos ver – insectos. O “cofre” é um escritório que, além de muitos e muitos livros, tem uma estante de madeira com gavetas – cheias de insectos –, uma mesa enorme que suporta caixas de gelados e tupperwares – com insectos – e tem caixas por baixo – com insectos. Em todo o lado vamos encontrando partes da sua colecção – de insectos. Entrámos no mundo de António José Zuzarte.
O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.