“Posso ser Presidente, mas sou velho para trabalhar”. Quando o idadismo magoa
Um terço dos europeus já foi discriminado por causa da idade. Acontece sobretudo no trabalho e as principais vítimas são mulheres. Quatro portugueses contam as suas histórias de idadismo.
A vida começou desde muito cedo a preparar Henrique Garcia para o peso da idade. Aos nove anos confrontou-se pela primeira vez com a evidência de que já não iria a tempo de cumprir o sonho de jogar como Pelé jogava aos 16. Depois, na casa dos 40 anos, constatou com espanto que os guardas e agentes da polícia já conseguiam ser todos mais novos do que ele. E na década seguinte, quando precisou de actualizar o bilhete de identidade com uma nova morada, engoliu em seco a palavra eternamente gravada no campo reservado à data de validade — e que agora nos desafia a encontrar no cartão plastificado que retirou da carteira: "vitalício".
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