Mutualista Montepio fecha 2022 com lucros de 90,8 milhões

A associação conseguiu uma melhoria da generalidade dos indicadores de actividade, liquidez e solvabilidade em 2022, ano em que aumentou os lucros em 27%.

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patricia martins
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A Montepio Geral – Associação Mutualista (MGAM) fechou o ano de 2022 com um resultado líquido consolidado de 90,8 milhões de euros, valor que representa um aumento de 26,9% face ao ano anterior. Para este resultado contribuíram todas as empresas do grupo, num ano em que a associação conseguiu melhorar a maioria dos indicadores de actividade, liquidez e solvabilidade.

Os resultados foram comunicados esta quinta-feira, em conferência de imprensa realizada na sede da MGAM, em Lisboa. "É o segundo ano em que todas as empresas do grupo têm resultados positivos", resumiu Virgílio Lima, presidente da mutualista.

Ainda assim, mais de metade do resultado líquido veio da própria associação mutualista, que obteve lucros individuais de 50,2 milhões de euros, um aumento de 12% que é explicado, em parte, pelo crescimento do número de associados. No final de 2022, a MGAM contava com 606.483 associados, mais quase cinco mil do que no ano anterior.

No ano em análise, o grupo alcançou um resultado operacional de 137,5 milhões de euros, um aumento de 38% face a 2021, enquanto a margem financeira cresceu 6,6% e atingiu os 296,9 milhões de euros, a beneficiar "do aumento das taxas de juro de mercado", justifica o banco, que destaca "o peso dos juros de crédito". O Banco Montepio, principal activo da mutualista, obteve lucros de 33,6 milhões em 2022.

Já os proveitos inerentes a associados e prémios de seguros fixaram-se em mais de 1130 milhões de euros, um crescimento anual de 21%. O grupo destaca o "contributo expressivo da actividade mutualista, onde os proveitos inerentes a associados totalizaram 848,5 milhões de euros".

Em sentido contrário, os gastos de funcionamento, onde se incluem custos com pessoal, administrativos e amortizações, diminuíram em cerca de 1% e totalizaram 354,3 milhões no final do ano passado. Isto, num ano em que o grupo reduziu a força de trabalho, passando a contar com 4851 trabalhadores em 2022, menos 48 pessoas do que no ano anterior.

Ao mesmo tempo, o grupo reduziu o montante total de imparidades e provisões para 50,9 milhões de euros, face aos 69,1 milhões que registava em 2021. Para esta redução contribuiu a evolução das imparidades de crédito, que diminuíram no ano passado.

Apesar da melhoria dos resultados, o activo líquido da MGAM caiu mais de 697 milhões de euros, fixando-se em 22,2 mil milhões de euros, uma redução explicada, sobretudo, pela amortização de dívida emitida e pela desvalorização dos activos financeiros detidos pelas seguradoras, num ano de forte volatilidade nas bolsas. A contribuir para esta redução esteve, ainda, a venda de alguns activos não produtivos por parte do Banco Montepio, justificou ainda Virgílio Lima.

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