Zia Soares, Djaimilia Pereira de Almeida e o riso dos corpos que não se deixam aprisionar
Pérola sem Rapariga abre o díptico que une a encenadora e a escritora. O espectáculo apresenta-se esta sexta-feira em Alcanena e dia 9 em São João da Madeira.
No primeiro dia de ensaios para a criação de Pérola sem Rapariga, Zia Soares nada sabia do espectáculo que se preparava para construir com Djaimilia Pereira de Almeida. Explicado de outra forma: sabia que ali se iniciaria uma parceria entre as duas criadoras, sabia que seria o primeiro tomo de um díptico (o segundo partirá do livro As Telefones), sabia que o universo a explorar em palco partiria de dois materiais propostos pela escritora (o livro Voyage of the Sable Venus and Other Poems, de Robin Coste Lewis, e o arquivo fotográfico de Alberto Henschel). Zia Soares tem consigo o livro, mas optou por não o ler – interessava-lhe sobretudo trabalhar com aquilo que Djaimilia Pereira de Almeida traria da sua leitura e da reflexão ali proposta acerca da representação das mulheres negras; de Henschel, a encenadora fixou-se numa fotografia que se tornaria uma obsessão, e que estudaria todos os dias durante algum tempo.
O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.