Uma poética de superação feminina na Escola de Mulheres
A partir de excertos de Eurípides e Sófocles, David Pereira Bastos monta um espectáculo que se relaciona com as figuras trágicas femininas e com a história da companhia Escola de Mulheres
Quando David Pereira Bastos foi convidado pela direcção da Escola de Mulheres para apresentar uma nova criação na sala do Clube Estefânia, em Lisboa, aquilo que lhe passou pela cabeça foi criar uma relação entre os seus interesses enquanto criador e a história da companhia dirigida por Fernanda Lapa desde o momento inaugural (até à sua morte, em 2020). Sempre guiado pela “vontade de experimentar materiais como actor” - mesmo quando, como é o caso, o seu papel é o de encenador - não demorou a decidir “resgatar peças que abordam e onde podemos ver figuras femininas trágicas”, explica ao PÚBLICO. Foi assim que acabou por afunilar o seu trabalho em torno de excertos de três peças levadas à cena por Fernanda Lapa - As Bacantes (primeira peça da Escola de Mulheres, em 1995), Hécuba e As Troianas -, acrescentadas de Antígona.
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