Misericórdia do Porto justifica censura de obra de arte com o bem-estar dos doentes

Instituição considera inscrições alusivas ao reconhecido esclavagismo do Conde de Ferreira, patrono do hospital que acolhe a exposição visada, “referências ofensivas à [sua] memória”.

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Uma das peças da exposição que a Misericórdia do Porto entendeu remover sem autorização dos artistas JOSÉ SÉRGIO
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A Santa Casa da Misericórdia do Porto assumiu esta quinta-feira, num comunicado enviado à imprensa, que não vai recuar na censura à peça Adoçar a Alma para o Inferno III, que integrava a exposição Vento (A)mar, patente no Centro Hospitalar do Conde de Ferreira (CHCF), no âmbito da Bienal de Fotografia do Porto, mas que foi primeiro vedada aos visitantes, logo no dia da inauguração (19 de Maio), e depois fisicamente removida da cela do antigo panóptico do hospital onde estivera originalmente exposta.

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