Philippe Descola. O olhar indígena “põe em causa a universalidade das respostas que pensamos ter”
O antropólogo francês Philippe Descola, que esteve em Lisboa para uma conferência, defende que é possível outra relação com os não-humanos, dos animais aos rios ou às montanhas.
Fernando Pessoa, ou melhor, Alberto Caeiro, intuiu aquilo que Philippe Descola viria a descobrir muito antes de o antropólogo francês saber sequer o que procurava. Quase três anos (na década de 70 do século XX) de pesquisa de campo na Amazónia, na fronteira entre o Equador e o Peru, observando o povo indígena Achuar, um longo trabalho de aproximação a uma forma totalmente diferente de “fazer mundo”, e, afinal, estava já tudo ali, num poema de Pessoa.
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