Turismo volta a bater recorde de hóspedes e dormidas em Abril
Entre Janeiro e Abril, os estabelecimentos de alojamento turístico nacionais receberam quase oito milhões de hóspedes, responsáveis por 19 milhões de dormidas, os números mais elevados de sempre.
O turismo nacional voltou a bater recordes em Abril deste ano. Nesse mês, os estabelecimentos de alojamento turístico receberam perto de três milhões de hóspedes, que foram responsáveis por quase sete milhões de dormidas, elevando os números do conjunto do ano para novos máximos históricos.
Os dados, ainda provisórios, foram divulgados, nesta quarta-feira, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), que dá conta de que foram registados 2,73 milhões de hóspedes e 6,83 milhões de dormidas durante o mês de Abril deste ano, números que correspondem a aumentos de 16,5% e 13,8%, respectivamente, face ao mesmo mês do ano passado. Já em relação a 2019, último ano antes da chegada da pandemia e em que o turismo nacional registava recordes, o número de hóspedes cresceu 17,5% e o de dormidas aumentou 14%.
Esta evolução é registada numa altura em que tanto o número de hóspedes nacionais como o de estrangeiros está a aumentar, mas é sobretudo o mercado externo que está a puxar pelo turismo português. Em Abril, mês em que se celebrou a Páscoa, os estabelecimentos de alojamento turístico registaram cerca de dois milhões de hóspedes residentes em Portugal, um aumento de 7,3% face ao mesmo mês do ano passado, e 4,8 milhões de hóspedes residentes no estrangeiro, um crescimento homólogo de quase 17%.
Perante estes crescimentos, os estabelecimentos de alojamento turístico viram a taxa líquida de ocupação por cama aumentar para uma média de 50,8% em Abril, mais 3,3 pontos percentuais do que no ano passado, enquanto a taxa líquida de ocupação por quarto aumentou em 3,9 pontos percentuais para 59,8%. Isto, apesar de a estada média ter recuado em 2,4%, fixando-se em 2,5 noites.
Considerando estes dados mais recentes, Portugal regista, no conjunto dos quatro primeiros meses deste ano, 7,89 milhões de hóspedes e 19,4 milhões de dormidas, números que correspondem a aumentos anuais de cerca de 30% e que representam os mais elevados de que há registo desde que o INE iniciou esta série estatística. Em ambos os casos, os mercados externos representaram a maioria dos números apresentados: 57% dos hóspedes eram residentes no estrangeiro, que responderam por quase 70% das dormidas durante este período.
Mercado norte-americano dispara
A impulsionar o turismo externo estiveram os mercados tradicionais, como os britânicos, alemães, franceses e espanhóis, mas, também, novos mercados que ganham cada vez mais peso no turismo nacional, com destaque para os norte-americanos e os brasileiros.
No conjunto de Janeiro a Abril, os hóspedes residentes no Reino Unido continuaram a ser o principal mercado do turismo português, respondendo por perto de 2,3 milhões de dormidas, o equivalente a 17% do total de dormidas por não residentes registadas durante este período. Seguem-se os alemães, com 1,6 milhões de dormidas (12% do total), os espanhóis, com 1,4 milhões de dormidas (10% do total) e os franceses, com 1,15 milhões de dormidas (perto de 9% do total).
Mas os maiores crescimentos vieram de outras geografias. Neste período, os hóspedes residentes nos Estados Unidos foram responsáveis por mais de 995 mil dormidas, um crescimento superior a 83% em relação ao ano passado, e tornaram-se, assim, o quinto maior mercado do turismo português, respondendo por 7,5% das dormidas de turistas estrangeiros.
Também o mercado brasileiro continua a crescer significativamente. No conjunto dos quatro primeiros meses do ano, estes turistas foram responsáveis por perto de 765 mil dormidas, um aumento de 47% em relação ao ano passado. Ainda assim, este mercado está aquém daquilo que representava em 2019, quando tinha sido responsável por mais de 797 mil dormidas no período de Janeiro a Abril.