Preços dos alimentos diminuem e inflação cai para 4%

Inflação homóloga caiu de 5,7% em Abril para 4% em Maio. Preços dos alimentos e da energia ajudaram.

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Preços dos alimentos baixaram em Maio Adriano Miranda
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Com o contributo da redução do IVA implementada no final de Abril, os preços dos alimentos registaram em Maio uma descida superior a 2%, ajudando a acentuar a tendência de descida da taxa de inflação homóloga em Portugal que está agora em 4%.

De acordo com a estimativa rápida da inflação de Maio divulgada nesta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a taxa de inflação homóloga em Portugal (que representa a variação dos preços entre Maio deste ano e Maio do ano passado) cifrou-se em 4%, uma descida significativa face aos 5,7% que se registavam em Abril. Já em Abril se tinha verificado uma descida deste indicador, de 7,4% para 5,7%, que chegou a estar acima dos 10% no final do ano passado.

Para este resultado em Maio, voltou a contribuir, tal como já tinha acontecido em Abril, um efeito base importante nos produtos energéticos e alimentares, que subiram bastante em Maio do ano passado, tornando a comparação homóloga agora mais favorável. No entanto, desta vez, também se assistiu a uma redução dos preços da generalidade dos bens e serviços ao longo do mês.

A taxa de inflação mensal total (que representa a variação dos preços de Maio face aos preços de Abril) foi de -0,7%. Uma descida de preços para o qual contribuíram essencialmente as reduções dos preços de 1,8% nos produtos energéticos, de 2,4% nos produtos alimentares não transformados e de 2,9% nos produtos alimentares transformados. Ainda assim, também a inflação subjacente (que exclui os bens energéticos e alimentares) foi de -0,3% em termos mensais, tendo diminuído de 6,6% para 5,5% em termos homólogos.

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Se no caso dos produtos energéticos a descida de Maio representa um prolongamento da tendência já sentida nos meses anteriores, no que diz respeito aos alimentos é um resultado que ainda não se tinha visto desde o início da guerra na Ucrânia. Em Abril, os bens alimentares tinham registado, pela primeira vez neste período, uma diminuição muito ligeira, mas agora finalmente começaram a recuar depois dos aumentos fortes e persistentes do último ano.

A explicação pode estar em parte na isenção de IVA que passou a ser aplicada a partir do final de Abril a um conjunto de bens alimentares considerados essenciais. O INE, apesar de não publicar nesta estimativa rápida ainda dados detalhados das variações de preços por produtos, dá na nota publicada nesta quarta-feira como uma das justificações para a desaceleração da inflação homóloga “a isenção de IVA num conjunto de bens alimentares essenciais”. O mês de Maio foi o primeiro em que, no cálculo da inflação por parte do INE, o impacto desta medida se faz sentir.

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Os dados definitivos e mais pormenorizados da evolução dos preços de Maio irão ser publicados pelo INE no próximo dia 14 de Junho.

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