Canções de uma Noite de Verão a cinco vozes abrem as Festas de Lisboa neste 1 de Junho

Ana Bacalhau, António Zambujo, Áurea, Conan Osíris e Marta Ren abrem as Festas de Lisboa com uma orquestra dirigida por Jan Wierzba. Quinta-feira no Terreiro do Paço, com acesso livre.

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António Zambujo e Ana Bacalhau ISABEL PINTO/TOMÁS MONTEIRO
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Em 2022, as Festas de Lisboa fecharam com um grande concerto que celebrava os 100 anos do Parque Mayer: 22 canções do teatro de revista interpretadas a seis vozes e orquestra. Em 2023, uma parte da equipa que assegurou esse espectáculo volta a criar outro, desta vez na abertura das festas e centrado numa outra ideia: a da proximidade do Verão. Luís Varatojo, consultor musical daquele espectáculo, volta a encabeçar a direcção artística deste, mantendo-se nos arranjos os três músicos que criaram os arranjos anteriores: Filipe Raposo, Pedro Moreira e Lino Guerreiro. Esta quinta-feira, dia 1 de Junho, no Terreiro do Paço, a partir das 22 horas. O acesso é livre.

“Em equipa que ganha não se mexe”, diz ao PÚBLICO Luís Varatojo, visivelmente satisfeito com os resultados da experiência anterior. Convidado pela EGEAC para fazer este espectáculo, imaginou-o a partir da sugestão dos organizadores: “O mote que me deram foi: quando se aproxima Junho, os lisboetas começam a pensar em sair de Lisboa, para a praia, de férias, para passar o Verão. Comecei a pensar nisso e a pesquisar o repertório da nossa música pop-rock e fui apanhando uma série de canções que falam disso, da praia, do Verão, das festas da aldeia à noite, e tentámos montar um espectáculo com base nesse repertório, com canções mais conhecidas e outras menos, mas que põem toda a gente a cantar e a celebrar. No fundo, era essa a ideia.”

Orquestra grande, arranjos originais

O formato foi decalcado, em parte, do anterior: “Uma orquestra grande, quase sinfónica, e trabalhando arranjos originais para as canções, tentando dar a este repertório alguma coisa de novo, retirando as canções do contexto delas (da formação baixo, guitarra e bateria) e isso dá coisas bastante diferentes.” A Orquestra Pop Portuguesa, que assegura o acompanhamento instrumental de todo o espectáculo, é recente, tem cerca de 40 músicos e é dirigida por Jan Wierzba, nascido na Polónia e criado no Porto, professor de Orquestra na Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo e Maestro Principal Convidado do Opera Fest Lisboa, que, como maestro, tem dirigido ao longo da sua carreira várias orquestras em Portugal e no estrangeiro. A sugestão de convidar Jan Wierzba, diz Luís Varatojo, partiu da Orquestra Pop Portuguesa.

Nas vozes, um “quinteto” bem conhecido do público: Ana Bacalhau, António Zambujo, Áurea, Conan Osíris e Marta Ren, que interpretarão canções como Rolar no chão, dos Afonsinhos do Condado (que abrirá o espectáculo), Sol da Caparica, dos Peste & Sida, Dunas, dos GNR, Porto Covo, de Rui Veloso, Lambreta, de António Zambujo, Bem bom, das Doce, Maria Albertina, de António Variações e recriada pelos Humanos, Vida de marinheiro e A noite, dos Sitiados, ou Os filhos da nação, da Quinta do Bill. Nos céus, fogo-de-artifício, a saudar a chegada do Verão.

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