Bloco já tem nova direcção. Entram José Gusmão, Moisés Ferreira e jovens activistas
A comissão política do partido foi votada este domingo pela mesa nacional imediatamente a seguir ao final da convenção.
Tal como na mesa nacional, também a comissão política do Bloco de Esquerda (BE) será de continuidade, mas tem alguns nomes novos, como o eurodeputado José Gusmão, o ex-deputado Moisés Ferreira ou jovens activistas. O órgão foi votado este domingo pela mesa nacional com 71 votos a favor, dois contra e duas abstenções, imediatamente a seguir ao encerramento da convenção nacional que elegeu Mariana Mortágua como coordenadora do partido.
Na direcção bloquista mantêm-se Mariana Mortágua, Catarina Martins, Fabian Figueiredo, Isabel Pires, Joana Mortágua, Jorge Costa, José Soeiro, Leonor Rosas, Marco Mendonça, Marisa Matias e Pedro Filipe Soares.
Pela moção A, encabeçada por Mariana Mortágua, foram eleitos quatro novos rostos: José Gusmão, eurodeputado, Miguel Cardina, investigador do CES, Moisés Ferreira, que foi deputado entre 2015 e 2022, Adelino Fortunato, membro do secretariado nacional, Andreia Galvão, activista pelo clima de 23 anos, e Aliyah Bhikha, dirigente estudantil de 21 anos.
Pela moção E, dos críticos internos, entram Pedro Soares, porta-voz da moção e ex-deputado, Elisa Antunes, Ricardo Salabert e Conceição Anjos.
Saem da direcção do partido Ana Sofia Ligeiro e Bruno Candeias, que fizeram parte do movimento Convergência, Luísa Santos, que foi cabeça de lista do Bloco pela Madeira às eleições legislativas de 2022, e Mário Tomé, subscritor da moção E e ex-deputado da UDP.
A actual comissão política tem 21 membros, ao contrário da anterior, eleita em 2021, que tinha apenas 15 membros. 17 dos actuais membros são da moção A e 4 da moção E, seguindo a proporcionalidade dos resultados das votações das moções na convenção nacional.
A moção A obteve 439 votos, ao passo que a moção E teve 78 votos. Na mesa nacional, a lista de Mortágua obteve 490 votos, elegendo 67 membros e a lista de Pedro Soares ficou pelos 95 votos, com 13 mandatos.
A comissão política terá agora de eleger um secretariado nacional.