Ucrânia anuncia contra-ofensiva: “Chegou a hora de recuperar o que é nosso”

Chefe das forças armadas ucranianas indica que os soldados estão prontos para começarem a recuperar terreno perdido para a Rússia.

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O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, visitou a linha da frente na última semana EPA/UKRAINIAN PRESIDENTIAL PRESS SERVICE HANDOUT
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O comandante das forças armadas ucranianas, o general Valery Zaluzhny, indicou neste sábado que a Ucrânia está pronta a lançar uma contra-ofensiva para recuperar territórios conquistados pela Rússia no último ano.

Num comunicado partilhado através das redes sociais, acompanhado por um vídeo de exaltação patriótica, destinado a motivar a população para duras batalhas nos próximos meses, o general Zaluzhny deixou uma mensagem curta e directa: "Chegou a hora de recuperar o que é nosso".

Desde o início da invasão russa, em Fevereiro de 2022, a Ucrânia perdeu o controlo total de vastas regiões no Leste e no Sudeste do país, além da perda península da Crimeia, em 2014.

Não há nenhuma informação concreta sobre os moldes em que essa eventual contra-ofensiva será lançada e conduzida; sabe-se apenas que o Exército ucraniano tem recebido, nos últimos meses, armamento e carros de combate sofisticados, e que centenas de soldados estão a receber formação dos EUA, em bases na Alemanha, por exemplo, para poderem operar o material enviado por vários países.

Também neste sábado, o líder do Conselho Nacional de Segurança e Defesa da Ucrânia, Oleksy Danilov, disse ao canal britânico BBC que o Exército ucraniano "está pronto a iniciar" uma contra-ofensiva. Tal como o general Zaluzhny, Danilov também não avançou pormenores.

Em declarações à BBC, Danilov disse que a contra-ofensiva "pode começar amanhã, depois de manhã ou na próxima semana", e afirmou que Kiev "não tem o direito de cometer erros", por se tratar de "uma oportunidade histórica" para recuperar o território perdido para a Rússia no Leste e no Sudeste do país.

Numa reacção à notícia de que a Rússia avançou com um plano para instalar armamento nuclear na Bielorrússia, Danilov disse estar "absolutamente calmo" porque, para a liderança ucraniana, "isso não era uma novidade".

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