O convento onde as freiras usavam jóias e emprestavam dinheiro a juros foi restaurado

O Convento de Santa Clara, no Funchal, foi a primeira casa religiosa feminina portuguesa fora do continente. Depois de quatro anos em obras e de um investimento de 2,3 milhões, está aberto a visitas.

#MAM Maria Abranches - 18 de Maio 2023 - Inauguração do Convento de Santa  Clara após a conclusão da obra de reabilitação e restauro do monumento, Funchal
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É na igreja do convento, nascida no local onde o descobridor da Madeira tinha já mandado construir uma capela, que se torna evidente a mistura de pintura, escultura, talha e azulejo Maria Abranches
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O interior da igreja com a parede oposta à do altar em destaque. Nela se vê claramente a grade típica dos conventos e mosteiros de clausura Maria Abranches
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O convento chegou a ter 17 capelas nos claustros, das quais só restam cinco, agora integralmente restauradas Maria Abranches
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As capelas que chegaram até aos nossos dias incluem agora retábulos e outras pinturas que podem ter pertencido a outras igrejas da ilha Maria Abranches
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As capelas funcionavam como pequenos museus. Em retábulos como este, juntavam-se por vezes pinturas que nada tinham a ver umas com as outras e de qualidade muito desigual Maria Abranches
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Recriação do quarto de uma freira, ricamente mobilado Maria Abranches
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Vista geral do coro alto da igreja, com o retábulo de Nossa Senhora da Assunção (século XVII), feito numa oficinal portuguesa, em destaque Maria Abranches
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Exposição onde se reúne algum do património móvel do convento que não desapareceu com a extinção das ordens religiosas Maria Abranches
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Retábulo do século XVII que foi apeado no século XVIII para dar lugar ao que se pode ver hoje na igreja Maria Abranches
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Francisco Clode de Sousa, director do serviço de património da Direcção Regional de Cultura da Madeira Maria Abranches
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No convento funciona desde 1929 uma creche gerida pelas irmãs franciscanas Maria Abranches
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Era um convento de clausura, confiado à Ordem de Santa Clara, mas nem por isso deixava de ser uma casa rica. Da congregação faziam parte as filhas das famílias endinheiradas da Madeira, jovens mulheres com uma educação cuidada, que, mesmo entrando para a vida religiosa, não queriam abrir mão do conforto de um quarto luxuosamente mobilado, com boas pinturas e tapeçarias, nem mesmo das jóias que lhes tinham calhado em dote. Freiras, sim, mas freiras com direito a criadas e, nalguns casos, até escravas, mulheres que não abdicavam dos seus livros e instrumentos musicais, que não se privavam de representar nem de se mascararem.

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