Woke? Rever livros? O ruído de um tempo, processo de transformação em curso

Razões políticas, de mercado, de sensibilidade, do papel actual da literatura na educação. O contexto é complexo e raramente gera conversa. O Ípsilon ouviu especialistas em literatura e linguagem.

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Uma conversa no labirinto Sónia Matos/Ana Carvalho
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Há a frase e o eco que ela emite: “Penso que estamos a viver um momento em que a liberdade de expressão e a liberdade de publicação nunca estiveram, no meu tempo de vida, sob uma tal ameaça nos países do Ocidente.” Dita no passado dia 15, tem sido replicada por todo o mundo enquanto um clamor de urgência, que ganha mais relevância por ter vindo de Salman Rushdie, o escritor que viu a sua vida alterar-se tragicamente depois de ter publicado um romance e, por causa dele, ter sido condenado à morte pelo ayatollah Khomeini, e, muitos anos depois, em Agosto de 2022, ter sofrido um ataque que o deixou cego e sem mobilidade no braço direito, o da mão com que escreve.

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