A turma de Londres celebra (o exemplo de) Miles Davis

London Brew: magnífico álbum feito de uma incandescência musical semelhante àquela que Miles Davis criou em 1969.

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Theon Cross, Nubya Garcia e Shabaka Hutchings a gravar London Brew
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Poucos álbuns haverá na história do jazz que possuam um tão elevado índice de (justa) mitificação. Poucos álbuns haverá gerados num contexto tão fascinante que qualquer um gostaria de ter testemunhado esta música a acontecer. Em Agosto de 1969, quando o trompetista Miles Davis chamou os restantes 12 músicos para a gravação de Bitches Brew – após um In a Silent Way que já desbravara os seus próprios caminhos de revolução musical –, nenhum dos participantes fazia a mais pequena ideia daquilo em que estava a participar. Muito mais do que as questões estéticas que engordavam cada vez mais o léxico jazzístico de Davis – com elementos de rock, funk, soul e música africana –, a música de Bitches Brew só existia na cabeça de Miles, um puzzle mental que nem o próprio sabia ainda bem como iria montar, pelo que qualquer briefing antes da chegada ao Studio B da editora Columbia seria, provavelmente, inútil e causador de um ruído entrópico.

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