Grupo Wagner retira os seus homens de Bakhmut

Após dez meses de combates, paramilitares entregam o controlo das posições ao Exército russo. “Antes do dia 1 de Junho voltamos a reunir-nos” para saber da nova missão, disse Ievgueni Prigojin.

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Ievgueni Prigojin ladeado por dois dos seus homens PRESS SERVICE OF "CONCORD"/Reuters

O patrão da empresa russa de mercenários Wagner, Ievgueni Prigojin, disse esta quinta-feira que as unidades de mercenários contratados iniciam esta mesma quinta-feira a retirada da cidade ucraniana de Bakhmut, cedendo as posições às forças regulares da Rússia.

"Estamos a retirar com muito cuidado", disse Prigojin numa mensagem vídeo publicada na rede digital de mensagens Telegram.

No domingo, após o anúncio da "tomada total" de Bakhmut, após dez meses de combates, o empresário já tinha afirmado que os combatentes do grupo Wagner se iam retirar a partir desta quinta-feira.

De acordo com Prigojin, os paramilitares contratados vão ficar acantonados em "campos de treino em zonas da retaguarda".

"Vamos trocar de posições com os militares e deixar ficar as munições e rações de combate", acrescentou.

Em tom irónico, o oligarca disse que "deixa ficar dois homens contratados pelo grupo Wagner", caso os "militares precisem de ajuda para defender as posições".

"Antes do dia 1 de Junho voltamos a reunir-nos, [agora] vamos descansar e prepararmo-nos. Depois receberemos outra missão", acrescentou junto a um carro de combate.

A batalha de Bakhmut custou muitos meses, grande esforço e baixas colossais ao grupo Wagner. Prigojin, numa entrevista, afirmou que perdeu 10 mil paramilitares e 20% dos 50 mil presos recrutados nas cadeias russas para esta guerra. Ao todo, entre as forças russas, terão sido 50 mil mortos e 50 mil a 70 mil feridos.

Os Estados Unidos dizem que a Rússia perdeu cerca de 100 mil combatentes em Bakhmut.