Demolições avançam em ilha de Ramalde e famílias continuam sem alternativa para morar
Ilha era ocupada com consentimento da proprietária, mas depois da sua morte tudo mudou. Nem autarquia nem Segurança Social garantem novas casas. E há quem tema a rua como próxima morada
Luís Silva ainda ensaiou a resistência quando trabalhadores de uma empresa de demolição entraram na ilha onde mora e ordenaram que retirasse todos os pertences de um barraco por ele construído. Mas quando os mesmos homens o avisaram que ou demoliam o barraco dele ou a casa dos vizinhos, ele viu-se encurralado. “Fizeram-me um ultimato”, lamenta. “Antes quero ficar sem isto do que os meus vizinhos ficarem sem sítio para dormir.”
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