Morreu Tina Turner, simply the best
A rainha do rock’n’roll morreu em casa, em Zurique, na Suíça, aos 83 anos. Em 2016, Tina Turner tinha sido diagnosticada com cancro do intestino.
A rainha do rock’n’roll morreu esta quarta-feira em casa, em Kusnacht, perto de Zurique, na Suíça, onde vivia com o marido Erwin Bach desde 1994. Tinha 83 anos. Tina Turner tinha sido diagnosticada em 2016 com cancro no intestino.
"O mundo perdeu uma lenda da música e uma modelo a seguir", escreveu o porta-voz da cantora em comunicado.
As reacções à morte da Tina Turner não tardaram. A porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, afirmou esta quarta-feira que o desaparecimento da cantora era "uma notícia incrivelmente triste" e uma perda enorme para os fãs e a indústria da música.
De Bryan Adams a Billy Corgan, dos Smashing Pumpkins, já foram vários os artistas que prestaram as suas homenagens à lendária cantora.
A cantora começou a carreira nos anos 1950, mas foi a partir da década seguinte que atingiu o estrelato, ao lado do ex-marido Ike Turner, que conheceu em 1957.
Tina Turner foi casada com Ike Turner durante 16 anos, tendo-se separado em 1978.
Depois do divórcio, Tina nunca escondeu a violência doméstica que sofreu nas mãos de Ike durante os anos 1960 e 1970. Quando foi considerada a 63.ª melhor artista musical de sempre pela Rolling Stone, Janet Jackson escreveu que a "história de Tina não é de uma vítima, mas de um triunfo incrível".
Nos anos 1980, Tina Turner lançou alguns dos seus maiores êxitos, como The best, Private dancer e What's love got to do with it.
O disco Private Dancer, de 1984, foi o maior sucesso de vendas da carreira de Tina Turner, tendo vendido 20 milhões de cópias e conquistado três Grammys (melhor gravação do ano e melhor performance feminina com What's love got to do with it e melhor performance vocal rock para Better be good to me).
Durante a carreira, Tina a cantora venceu oito Grammys, incluindo um prémio de carreira em 2018. Em 1991 integrou o Rock & Roll Hall of Fame ao lado de Ike e em 2021 em nome próprio, tornando-se a terceira mulher a receber a distinção duas vezes.
Em 1967, Tina Turner foi tornou-se a primeira artista negra e a primeira mulher a aparecer na capa da revista Rolling Stone.
Também fez uma passagem pelo grande ecrã, tendo integrado o elenco dos filmes Tommy em 1975, Mad Max Beyond Thunderdome em 1985 e Last Action Hero em 1993.
Anna Mae Bullock (nome verdadeiro de Tina Turner) nasceu a 26 de Novembro de 1939 na comunidade rural de Nutbush, no Tennessee. Na sua adolescência mudou-se para St. Louis, cidade onde conheceu Ike, para ir viver com a mãe, que tinha abandonado a família quando Tina tinha 11 anos.
Ao longo da sua vida, Tina Turner colaborou com inúmeros nomes incontornáveis da indústria como os The Who, o produtor Phil Spector, David Bowie e Mick Jagger, por quem, confessou ao The Guardian, "sempre teve um fraquinho".
Além do historial de violência doméstica ao lado de Ike e dos problemas de saúde, Tina Turner viveu uma tragédia na família quando Craig, o filho mais velho, se suicidou em 2018. Em 2022 também o filho Ronnie, de 62 anos, morreu, por complicações associadas ao cancro do cólon.
Vivia na Suíça desde 1994, tendo adquirido a nacionalidade helvética em 2013, ano em que renunciou à nacionalidade norte-americana.
A vida de Tina Turner já foi contada na sua autobiografia I, Tina, no filme What's Love Got to Do with It, no musical Tina e no documentário com o mesmo nome.
Tina Turner deixa dois filhos - Michael Turner e Ike Turner Jr. - que adoptou depois de casar com Ike, e o marido Erwin Bach com quem casou em 2013.