Um quarto para cinco por mil euros: a vida de inúmeros imigrantes em Lisboa e Porto
Dois incidentes com vítimas expuseram sobrelotação em que vivem migrantes no coração das duas principais cidades portuguesas. Entre as comunidades, multiplicam-se queixas sobre condições de habitação.
O relógio por cima da porta de acesso à principal sala da Mesquita de Baitul Marrakan marca 20h48. Os homens descalços dão-lhe um olhar apressado antes de entrarem com um esgar a denotar aflição. Lá dentro, perto de centena e meia de indivíduos ajoelham-se e debruçam-se sobre o solo alcatifado, sincronizados ao ritmo das precações do imã principal da Comunidade Islâmica do Bangladesh de Lisboa, Mohamed Abu Sayed. Não há espaço e, por isso, vão-se encaminhando através de uma escada metálica para o piso superior, para apanharem os instantes finais da mais concorrida oração do dia.
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