Desemprego registado pelo IEFP recua para 295 mil em Abril

Centros de emprego tinham 15,5 mil ofertas de emprego por satisfazer em Abril, menos 23% do que em igual mês do ano passado.

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Os centros de emprego receberam ao longo de Abril 8,8 mil ofertas de emprego Andreia Carvalho
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O número de pessoas registadas nos centros de emprego como desempregadas baixou em Abril para 295,4 mil, recuando tanto em relação a Março como na comparação com Abril do ano passado, mostram os dados estatísticos divulgados pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP).

A diferença em relação a Março é de 6%, havendo uma quebra de 19 mil pessoas no número de inscritos nos serviços de emprego do continente e das regiões autónomas. Face a Abril do ano passado, em que havia 314,4 mil desempregados, a descida é de 3,5%, havendo menos 10,7 mil pessoas nesta circunstância.

O IEFP explica que esta diminuição se deve sobretudo à diminuição do desemprego entre os cidadãos com idade igual ou superior a 25 anos (-18.452 pessoas), aos que estão à procura de um novo emprego (-17.238 pessoas) e aos inscritos no desemprego há 12 meses ou mais (-37.764 pessoas).

Só no Alentejo é que o desemprego não baixou em termos homólogos. As diminuições mais expressivas verificaram-se nas regiões autónomas da Madeira (-31%) e dos Açores (-14,3%) e no Algarve (-16,6%).

Dos 295,4 mil desempregados, 56% são mulheres (165,1 mil) e 44% são homens (130,3 mil). Perto de dois terços (178,7 mil, o equivalente a 60,5%) são cidadãos que estão inscritos nos centros de emprego há menos de um ano, havendo 116,7 mil (39,5%) que se registaram há mais de um ano e continuam fora do mercado de trabalho.

Ao longo de Abril, inscreveram-se nos centros do IEFP 37,1 mil desempregados, menos 512 mil do que em Março e menos 10,9 mil do que em Abril do ano anterior.

Olhando para os grupos profissionais de todo o universo de desempregados registados nos centros de Portugal continental, o IEFP refere que os mais representativos são “'trabalhadores não qualificados’ (27,2%); ‘trabalhadores dos serviços pessoais, de protecção segurança e vendedores’ (20,2%); ‘pessoal administrativo (11,9%) e ‘especialistas das actividades intelectuais e científicas’ (10,2%)”. E face a Abril do ano passado, “quase todos os grupos” mais representativos no volume de desemprego registaram uma diminuição, “destacando-se os ‘especialistas das actividades intelectuais e científicas’ (-8,6%), os ‘trabalhadores dos serviços pessoais, de protecção segurança e vendedores’ (-7,5%) e os ‘técnicos e profissões de nível intermédio’ (-6,1%).”

No continente, onde havia 254,2 mil candidatos a um novo emprego, “72,7% tinham trabalhado em actividades do sector dos ‘serviços’, com destaque para as ‘actividades imobiliárias, administrativas e dos serviços de apoio’ (que representam 32,4% do total); 19,9% eram provenientes do sector ‘secundário’, com particular relevo para a ‘construção’ (6,5%)”, enquanto “ao sector ‘agrícola’ pertenciam 4,8% dos desempregados”. O desemprego, salienta o IEFP, diminuiu “em todos os sectores económicos” quanto se compara com Abril de 2022, tendo recuado 1,7% no sector agrícola, 3,9% no secundário e 5% no terciário.

No final de Abril havia 15,5 mil ofertas de emprego por satisfazer, número que “corresponde a uma diminuição anual” de 23% (menos 4,7 mil) e a uma quebra de 7% em relação a Março (1,2 mil).

Ao mesmo tempo, os centros de emprego receberam ao longo do mês 8,8 mil ofertas de emprego, menos 26% do que um ano antes (menos 3 mil) e menos 40% do que em Março (uma diferença de 6 mil).

Os dados oficiais do desemprego relativos ao primeiro trimestre do ano, anteriores a este período a que se refere o IEFP, mostram que o desemprego aumentou. Segundo a estimativa do Instituto Nacional de Estatística (INE), subiu para 7,2% da população activa, ficando no valor mais alto desde 2020. Com essa subida, superou a taxa do quarto trimestre do ano passado em 0,7 pontos percentuais (7,8%) e em 1,3 pontos o valor do primeiro trimestre do ano anterior (8,4%).

Os dados mensais mais recentes referem-se a Março, altura em que a taxa era de 6,9%, “valor igual ao de Fevereiro de 2023, mas superior ao de Dezembro de 2022 e ao de Março do mesmo ano” (7,1% e 8%, respectivamente), estima o INE.

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