Água da Fonte de Trevi manchada de negro em protesto pelo clima
O Presidente da Câmara de Roma, Roberto Gualtieri, condenou o protesto, o último de uma série de actos contra obras de arte em Itália. “Basta de ataques absurdos ao nosso património artístico.”
Sete jovens activistas que protestam contra as alterações climáticas subiram à Fonte de Trevi, em Roma, no domingo, e deitaram carvão diluído na água para a tornar negra.
Os manifestantes do grupo "Ultima Generazione" ("Última Geração") ergueram cartazes com as frases: "Não pagaremos pelos (combustíveis) fósseis" e gritaram "o nosso país está a morrer".
A polícia fardada entrou na água para retirar os activistas, com muitos turistas a filmarem a proeza e alguns espectadores a insultarem os manifestantes, segundo as imagens de vídeo.
Num comunicado, a Ultima Generazione apelou ao fim dos subsídios públicos aos combustíveis fósseis e associou os protestos às inundações mortíferas que ocorreram na região de Emilia-Romagna, no norte de Itália, nos últimos dias. Segundo o grupo, uma em cada quatro casas em Itália está em risco de inundações.
O Presidente da Câmara de Roma, Roberto Gualtieri, condenou o protesto, o último de uma série de actos contra obras de arte em Itália. "Basta de ataques absurdos ao nosso património artístico", escreveu no Twitter.
A tradição é que os visitantes atirem moedas para a famosa Fonte de Trevi, do século XVIII, para garantir que um dia voltarão a Roma.