Foi numa tarde de Maio de 2012 que Liliana Melo, uma mulher de 34 anos, ficou a saber que sete dos seus dez filhos lhe seriam retirados para sempre. Não por serem violentados, pelo contrário, o amor que havia na família era evidente, como atestava o seu processo no Tribunal de Sintra, mas essencialmente porque a família era pobre e desorganizada. O caso explodiria na comunicação social, meses depois, com muita polémica à mistura. “Cedo se percebeu que tinha havido um grande erro judiciário, mas ninguém conseguia pôr a mão na consciência e reverter a situação”, recorda Paula Penha Gonçalves, uma das duas advogadas que representaram Liliana Melo, pro bono, ao longo de quatro longos anos. Ela é uma das duas “figuras exemplares da advocacia” distinguidas este ano com o Prémio Nelson Mandela, da associação ProPública.
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