Galamba fala numa “história”, mas CPI fica com duas versões sobre o que aconteceu no Ministério das Infra-Estruturas
Foi o gabinete do primeiro-ministro que disse ao ministro que era preciso informar o SIS. Naquela noite de 26 de Abril, Galamba também falou com o ministro da Administração Interna.
Não mentiu ao país, não tentou manipular o Parlamento, não tentou ocultar informação da comissão parlamentar de inquérito (CPI) à TAP, não sabia que o seu ex-adjunto tinha notas sobre a reunião secreta, não ameaçou Frederico Pinheiro – pelo contrário foi ameaçado por este – e não chamou o Serviço de Informações de Segurança (SIS). Esta foi a história que João Galamba, o ministro das Infra-Estruturas, contou nesta quinta-feira na CPI, onde esteve a depor depois do incidente "deplorável" – como lhe chamou António Costa, o líder do executivo. O relato do governante ao longo da primeira ronda, que durou cerca de cinco horas, manteve, no essencial, tudo na mesma: continuam a existir duas versões do que aconteceu a 26 de Abril no Ministério das Infra-Estruturas, apesar de o ministro ter valorizado as "muitas testemunhas" da história que contou aos deputados.
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