As dez frases-chave do depoimento de Frederico Pinheiro

O ex-adjunto do ministro das Infra-estruturas diz que foi “ameaçado pelo SIS”, “injuriado pelo primeiro-ministro” e alvo “de campanha por parte da poderosa máquina de comunicação do Governo”.

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"Sou o agredido e não o agressor". Frases fortes do ex-adjunto Frederico Pinheiro Joana Gonçalves
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O depoimento inicial de Frederico Pinheiro na comissão de inquérito à gestão da TAP durou cerca de 50 minutos. O PÚBLICO seleccionou as dez principais frases:

  • “Não permitirei que destruam o meu bom nome. E é também por isso que aqui estou: para defender a verdade e a justiça. Para lutar pela minha honra e dignidade, para mostrar aos meus filhos que perante as maiores infâmias, adversidades, nunca devemos deixar de defender a verdade."
  • “Enquanto cidadão anónimo sem poder de decisão, fui ameaçado pelo SIS, fui injuriado e difamado pelo primeiro-ministro e pelo ministro das Infra-estruturas” e alvo “de campanha por parte da poderosa máquina de comunicação do Governo” para criar uma "narrativa falsa sobre os factos ocorridos".
  • “É inverosímil achar-se que eu não tinha as notas de uma reunião tão importante como aquela [a reunião de 17 de Janeiro entre o Ministério das Infra-estruturas, a ex-CEO da TAP e um deputado da Comissão de economia].”
  • “Na reunião de 5 Abril [interna do Ministério das Infra-estruturas] o ministro João Galamba disse que tinha sido o próprio a indicar à ex-CEO da TAP a reunião com o grupo parlamentar do PS do dia seguinte."
  • "Eugénia Correia [chefe de gabinete], que me pareceu desconhecer a reunião de 16 de Janeiro [entre o ministro João Galamba e Christine Ourmières-Widener], indicou claramente que não seria revelada a existência da reunião entre o ministro e a então CEO e indicou ainda que em caso de requerimento da comissão parlamentar de inquérito as notas não seriam entregues."
  • "Parece-me evidente a existência de um padrão de omissões e contradições (…). Se havia alguém a querer esconder factos, não era eu."
  • “[A 25 de Abril], fiquei extremamente perturbado pela forma completamente desrespeitosa e inaceitável com que o ministro [João Galamba] falou comigo. Nunca antes um superior hierárquico tinha falado comigo daquela forma."
  • “A 26 de Abril, [João Galamba] liga-me e despede-me por telefone. Algo que viola os meus padrões. Dirigiu-se a mim em termos absolutamente impróprios."
  • “Não roubei, furtei ou fugi com o computador que me foi adstrito pelo Ministério das Infra-estruturas. Não parti o vidro com a bicicleta ou com qualquer outro objecto. Estas acusações [...] são falsas, injuriosas e difamatórias."
  • "Não agredi ninguém, apenas me libertei em legítima defesa de quatro pessoas que me empurraram e puxaram e me tentaram tirar a mochila. Fui eu que chamei a polícia para abandonar o edifício onde me tinham sequestrado (…). Sou o agredido e não o agressor."
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