Cheias no Norte de Itália causam pelo menos oito mortes
Milhares de pessoas foram obrigadas a deixar as suas casas na região da Emília Romana. Protecção civil diz que as chuvas fortes vão continuar.
Pelo menos oito pessoas morreram e milhares foram forçadas a deixar as suas casas devido às cheias causadas pelas chuvas fortes que atingiram a região da Emília Romana, no Norte de Itália, com as autoridades a alertar que o pior ainda pode estar para vir.
“A chuva não acabou, vai continuar por várias horas”, disse o vice-director da Agência de Protecção Civil, Titti Postiglione, ao canal de notícias SkyTG24. “Estamos a enfrentar uma situação muito, muito complicada”, afirmou.
Três cadáveres foram encontrados nas cidades de Forli, Cesena e Cesenatico, enquanto um número indeterminado pessoas estavam ainda desaparecidas.
Quatorze rios transbordaram na região, obrigando os moradores de cidades como Cesena a subir para o telhado dos seus prédios, de onde os bombeiros os resgataram com recurso a helicópteros ou botes de borracha.
“Não se aproximem dos rios. Aqueles que moram em áreas próximas a cursos de água devem mudar-se para andares mais altos”, disse o presidente regional da Emília Romana, Stefano Bonaccini, no Facebook.
Várias estradas e ligações ferroviárias foram bloqueadas e os autarcas de várias cidades, incluindo Bolonha, instaram os moradores a não deixarem suas casas.
A cidade de Ravenna, no Norte, perto da costa do Adriático, foi também gravemente afectada.
“Foi provavelmente a pior noite da história da Emília Romana”, disse o presidente da câmara de Ravenna, Michele de Pascale, à rádio pública RAI, dizendo que 5000 pessoas foram forçadas a deixar a cidade durante a noite. “Ravenna está irreconhecível pelos danos que sofreu”, acrescentou.
A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, expressou a sua “solidariedade total com a população afectada” e, escrevendo no Twitter, disse que o Governo está pronto para fornecer ajuda.
Foi a segunda vez neste mês que a Emília Romana foi atingida pelo mau tempo, e pelo menos duas pessoas morreram durante as tempestades do início de Maio.
As chuvas torrenciais seguiram-se a meses de seca, que reduziram a capacidade de absorção de água e agravaram o impacto das cheias, disseram os meteorologistas.