Albuquerque defende acordo entre PSD e IL a nível nacional mas rejeita na Madeira
Líder do executivo madeirense considera “importante manter as pontes de diálogo” para “um potencial acordo pós-eleitoral” com a IL, porém recusa tal aliança na região autónoma.
O presidente do governo da Madeira e líder da estrutura regional do PSD, Miguel Albuquerque, manifestou esta segunda-feira apoio a um eventual acordo com a Iniciativa Liberal (IL) ao nível nacional, mas sublinhou que tal não vai ocorrer na região autónoma.
"Neste momento, a Iniciativa Liberal não tem representação parlamentar na Madeira. Tem uma expressão muito reduzida. Portanto, nós entendemos, neste momento, circunscrever os nossos acordos – é um acordo pré-eleitoral – com o CDS", declarou.
Miguel Albuquerque falava à margem de uma visita a um novo espaço comercial, no Funchal, onde comentou as declarações do líder da IL, Rui Rocha, no âmbito do conselho nacional do partido, que decorreu no domingo em Coimbra.
Rui Rocha reiterou que o país tem uma solução governativa esgotada e que o partido está empenhado numa alternativa que pode passar por uma coligação pós-eleitoral com o PSD.
"Acho que tem de haver esse diálogo, acho que são forças que comungam de um conjunto de valores não socialistas e, nesse sentido, acho que é importante manter as pontes de diálogo e um potencial acordo pós-eleitoral", disse Miguel Albuquerque, reforçando que "não há nenhum problema nesse aspecto".
O líder insular sublinhou, no entanto, que na região autónoma o único acordo é com o CDS-PP, partido que suporta o governo regional em coligação com o PSD desde 2019, quando os social-democratas madeirenses perderam pela primeira vez a maioria absoluta com que governaram a região desde 1976.
"Aqui, na Madeira, nós [PSD] temos um acordo que vai ser ratificado no próximo sábado, no conselho regional, e a nossa ideia é irmos com o CDS às eleições", disse. Além disso, acrescentou, o PSD quer ter uma maioria estável na Madeira.
"A nossa ideia também é ganharmos as eleições [legislativas regionais, que se realizam este ano], termos uma maioria estável, para podermos continuar a governar em consonância com aquilo que são os desejos dos madeirenses, que é o progresso económico, a empregabilidade e a paz social."