Uma acção pode melhorar as condições de vida de uma pessoa, de uma família ou de uma comunidade? Nos últimos anos, o voluntariado deu lugar a uma nova forma de intervenção cívica e política com resultados concretos, o que convence cada vez mais pessoas, especialmente jovens, a envolver-se em acções de voluntariado. Tornou-se um agente de solidariedade e mudança. Ainda assim, é preciso fazer muito mais para que os resultados apareçam.
Em Portugal, os jovens entre os 15 e os 24 anos são os que mais fazem voluntariado, representando 11,3% do total dos voluntários portugueses. O problema é que, no geral, o grosso da população permanece distante das novas formas de envolvimento cívico. Se, em 2018, na União Europeia, 19,3% dos cidadãos envolveu-se em programas de voluntariado, em Portugal apenas metade desse valor (7,8% dos portugueses) podia dizer o mesmo.
Por isso, é importante dinamizar as iniciativas de voluntariado. Os destinatários destas acções não são os únicos privilegiados: há estudos internacionais que destacam a importância para os jovens em termos de aquisição de competências pessoais e de integração no mercado de trabalho.
Para facilitar o encontro entre as necessidades e as vontades individuais de participar, o PSuperior, o programa de literacia mediática do PÚBLICO promove um debate sobre o voluntariado jovem e a transformação social em parceria com a Fundação Eugénio de Almeida incluído na série PSuperior Talks. O debate ocorrerá no auditório da fundação, em Évora, esta terça-feira, com início às 15h e será transmitido nas redes sociais e na página Ao Vivo do PÚBLICO.
Participam nesse debate Henrique Sim-Sim, coordenador da área social e de desenvolvimento da Fundação Eugénio de Almeida, Carla Ventura, vice-presidente da CASES (Cooperativa António Sérgio para a Economia Social), Cátia Martins, professora da Universidade do Algarve e Carmen Garcia, enfermeira, autora de "A Mãe Imperfeita" e colunista do PÚBLICO. O debate, de acesso livre, será moderado por Mariana Adam, editora do PÚBLICO.