Receitas da hotelaria em alta ficam próximas dos 800 milhões no trimestre
Com preços e hóspedes em alta, os estabelecimentos turísticos contabilizados pelo INE têm visto os proveitos a subir. Mês de Março foi responsável por 338 milhões de euros, de acordo com o INE.
As receitas totais dos estabelecimentos turísticos chegaram aos 793,6 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, valor que representa uma subida de 35% face ao mesmo período de 2019, e de 69% face ao primeiro trimestre de 2020 (a pandemia começou oficialmente a meio de Março desse ano).
De acordo com a informação divulgada esta segunda-feira pelo INE (que não abrange as unidades de alojamento local com menos de 10 camas), o mês de Março foi responsável por 338 milhões de euros. O maior impulso veio da região de Lisboa, com 129,5 milhões de euros (mais 33 milhões face a Março de 2019), mas todas as áreas turísticas estão com subidas em valor face ao período pré-pandemia.
O rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) foi de 43,5 euros em Março, contra 33,7 euros no mesmo mês de 2019 e 14,6 euros no mesmo mês de 2020.
Numa análise ao trimestre, depois de Lisboa está a região Norte com 129,6 milhões de euros de proveitos totais, seguindo-se o Algarve com 125,3 milhões e a Madeira com 121,2 milhões. O número de hóspedes no trimestre foi de 5,2 milhões, o que compara com os 4,5 milhões do mesmo período de 2019, pelo que não só os preços estão mais elevados como há também mais turistas.
“À semelhança do que se verificou nos dois primeiros meses do ano, também em Março se atingiram valores máximos de dormidas desde que há registo, tendo sido ultrapassados, pela primeira vez, os cinco milhões neste mês”, nota o INE.
No trimestre, foram registados 12,6 milhões de dormidas, das quais 8,5 milhões de turistas não residentes. O Reino Unido foi o principal mercado emissor, com 1,4 milhões de dormidas (16% do total), seguindo-se a Alemanha com um milhão, a Espanha com 824 mil, a França com 708 mil, os EUA com 600 mil e o Brasil com 545,5 mil.