Turismo britânico: Lisboa lidera na qualidade-preço para uma escapadela na Europa

Capital superou todas as cidades da Europa de Leste que habitualmente dominam ranking da Post Office sobre viagens de curta duração para britânicos.

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O Reino Unido é o principal “mercado emissor” de turistas em Portugal, segundo o INE Rui Gaudêncio
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Um ranking anual elaborado pela Post Office, empresa de serviços postais do Reino Unido, coloca Lisboa pela primeira vez como o melhor destino europeu na relação qualidade/preço para viagens turísticas de curta duração na Europa. A análise incluiu 35 cidades.

Todos os anos, a empresa postal publica um barómetro para comparar os custos de viagens de curta duração nas principais cidades europeias para os turistas britânicos e é a segunda vez que uma cidade da Europa Ocidental fica à frente de uma cidade da Europa Oriental, refere o jornal Guardian.

Neste ranking, refere o mesmo jornal, a Post Office Travel Money analisou 12 itens habituais neste tipo de viagens. Nesse leque incluem-se, por exemplo, o preço de um jantar para duas pessoas com vinho, o custo de uma cerveja de 330 ml num café/bar, de uma Coca-Cola ou de uma Pepsi, de um copo de vinho, de duas noites num alojamento de três estrelas, de um cartão de viagens nos transportes durante 48h, de visitas a um museu ou a uma galeria de arte.

Lisboa aparece em primeiro com um custo médio de 224,76 libras (257,86 euros ao câmbio actual), seguindo-se Vilnius (capital da Lituânia, com 225,01 libras, ou seja, 258,147 euros), Cracóvia (cidade da Polónia, com 250,91 libras – 287,86 euros), Atenas (capital da Grécia, com 262,22 libras – 300,84 euros), Riga (capital da Letónia, 284,99 libras – 326,96 euros) e o Porto (325,3 libras – 373,207 euros), Zagreb (Croácia, com 329,72 libras – 378,28 euros).

Lisboa “superou todas as cidades da Europa de Leste que tradicionalmente dominam os lugares cimeiros do barómetro”, refere a Post Office Travel Money no seu site.

A Post Office revela que “os preços do alojamento aumentaram significativamente na maioria das 35 cidades” analisadas. “O aumento do custo das estadias em hotéis é superior a 50% em 27”. Só Lisboa e Viena “registam aumentos inferiores a 20%”. A capital portuguesa, uma variação de 5,2% e na capital austríaca, de 18,9%.

Lisboa aparece em primeiro no sub-ranking das cidades com o menor preço do alojamento, sendo um destino mais barato do que Atenas (segundo lugar), Vilnius, Cracóvia e Riga. No lado oposto, com o alojamento mais caros para este tipo de viagens, aparecem Amesterdão (Países Baixos), Veneza (Itália), Dublin (Irlanda), Florença (Itália) e Belfast (Irlanda do Norte, Reino Unido).

De acordo com o Instituto Nacional de Estatísticas (INE), o Reino Unido é o principal “mercado emissor” de turistas em Portugal e voltou a sê-lo em 2022.

Portugal recebeu no ano passado 2,1 milhões de hóspedes britânicos (considerando o número de turistas que dormiram em alojamentos turísticos nas várias regiões do país, não apenas em Lisboa).

Ao todo, 19,3% das dormidas de não residentes foram de turistas britânicos, volume que quase triplicou em relação a 2021 (segundo ano da pandemia) mas que baixou 4% em relação a 2019 (o ano anterior à crise pandémica).

Das 46,6 milhões de dormidas de cidadãos que residem fora de Portugal, 8,9 milhões foram de britânicos.

Depois do mercado britânico, estão os turistas alemães (11,5%), espanhóis (10,8%) e franceses (9,3%). No entanto, o maior crescimento em 2022 deu-se “no mercado norte-americano (peso de 7,5%), que aumentou 327,4% (mais 26,9% face a 2019)”, mostram as estatísticas do INE divulgadas em Janeiro.

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