Governo nomeia vice-presidente e vogal do IEFP

Bernardo Santos e Sousa foi o nome escolhido para o lugar de vice-presidente do instituto e Ana Elisa Santos, que era desde Setembro de 2022 vogal em regime de substituição, continuará no cargo.

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Nomes dos novos dirigentes foram apresentados na quinta-feira, 11 de Maio, aos representantes dos parceiros sociais Rita França
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O Governo escolheu Bernardo Santos e Sousa e Ana Elisa Santos para os lugares de vice-presidente e vogal do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP). As nomeações ocorreram na sequência do processo concursal conduzido pela Comissão de Recrutamento e Selecção para a Administração Pública (Cresap), refere uma nota do Ministério do Trabalho e da Segurança Social, sem detalhar os motivos que levaram à escolha destes dois dirigentes.

O cargo de vice-presidente estava a ser exercido desde Janeiro em regime de substituição por Júlia Tomaz, que acabou por não ser confirmada no lugar. Já Ana Elisa Santos, nomeada em Setembro de 2022 em regime de substituição, viu a sua continuação no cargo de vogal confirmada.

De acordo com as notas curriculares disponibilizadas pelo Governo, Bernardo Santos e Sousa era até agora director-executivo da Estrutura de Missão Portugal Digital, um organismo que tem como missão pôr em prática o Plano de Acção para a Transição Digital aprovado pelo Governo em 2020, e foi vogal do conselho directivo do IEFP em 2015.

Licenciado em Economia, Bernardo Santos e Sousa começou por trabalhar no sector privado, mas quatro anos depois iniciou a sua carreira no sector público. Foi coordenador na Estrutura de Missão para a Igualdade de Género entre 2017 e 2020; assessor do vereador dos direitos sociais da Câmara Municipal de Lisboa durante o ano de 2016; director do Alto Comissariado para a Imigração e o Diálogo Intercultural entre 2007 e 2014 e membro do grupo de trabalho interministerial para a preparação do diálogo político do novo Quadro Financeiro Plurianual 2014 -2020, entre outros cargos.

Ana Elisa Santos é licenciada em gestão de empresas e antes de ser nomeada em substituição para vogal do IEFP foi directora do Centro Protocolar de Formação Profissional para o Sector da Justiça (CPJ) entre Março de 2018 e Setembro de 2022. Foi ainda directora do Centro de Emprego e Formação Profissional de Lisboa entre Fevereiro de 2016 e Março de 2018.

Desde que tomou posse, em Março de 2022, o actual Governo usou a nomeação em regime de substituição por quatro vezes para ocupar os cargos do conselho directivo do IEFP.

A mais recente nomeação em substituição tinha ocorrido no início de Janeiro, com a indicação de Júlia Tomaz, antiga chefe do departamento de valorização e capacitação empresarial na Agência para a Competitividade e Inovação (IAPMEI), para o lugar de vice-presidente que estava vago desde Abril do de 2022. A dirigente assumiu o lugar a 11 de Janeiro, cinco dias depois do encerramento do concurso para este posto, mas agora acabou por não ver confirmada a sua manutenção no lugar.

Também o lugar de vogal esteve ocupado em substituição desde o início de Setembro de 2022 por Ana Elisa Santos. O concurso decorreu em paralelo com o da vice-presidência.

Os outros dois lugares do conselho directivo do IEFP também estiveram ocupados em regime de substituição. Em Maio, de 2022, o Governo nomeou Adelaide Franco, licenciada em Psicologia e consultora, e Paulo Langrouva, ex-presidente da Câmara de Figueira de Castelo Rodrigo e técnico do IEFP, para os lugares de presidente e vogal do instituto.

A decisão foi tomada enquanto decorria o concurso e foi justificada com a necessidade de “não comprometer o normal funcionamento” do IEFP.

Adelaide Franco haveria de deixar o cargo em Agosto, na sequência das dúvidas legais levantadas por ter acumulado subsídio de desemprego com actividades “pontuais” para a sua empresa. O lugar esteve vago até que terminou o concurso da Cresap, tendo o Governo designado Domingos Lopes como novo presidente.

Já Paulo Langrouva foi opositor ao concurso para o lugar que ocupava em substituição e acabou por ver a sua nomeação confirmar-se. Demitiu-se em meados de Abril por causa de um processo em que é acusado de prevaricação quando era autarca de Figueira de Castelo Rodrigo.

Notícia actualizada, acrescentando a informação de que Paulo Langrouva se demitiu do cargo de vogal do IEFP.

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