Galamba assegura manter “imensas condições” para continuar ministro

Depois de semana e meia de silêncio – exceptuando a carta demissão recusada por Costa – o ministro das Infra-Estruturas remete explicações adicionais para a sua audição na comissão de inquérito à TAP.

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Ministro João Galamba à chegada ao 32.º Digital Business Congress, organizado pela Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações LUSA/JOSÉ SENA GOULÃO
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João Galamba voltou a falar, ainda que de fugida, sobre a polémica que envolveu o Ministério das Infra-Estruturas por si tutelado para garantir que mantém "imensas condições" para prosseguir em funções executivas. Cerca de uma semana e meia depois da conferência de imprensa em que se justificou sobre os acontecimentos que levaram à intervenção das secretas para recuperar o computador de serviço do ex-adjunto entretanto por si exonerado, o ministro socialista remeteu explicações adicionais para a sua ida à comissão parlamentar de inquérito à gestão da TAP.

Depois deste silêncio, apenas quebrado pela carta de demissão enviada ao primeiro-ministro e que António Costa em nome da respectiva "consciência" recusou, abrindo com tal decisão uma frente de conflito institucional com o Presidente da República, que "discordou" dessa decisão, João Galamba reapareceu esta quarta-feira a propósito da participação no 32.º Digital Business Congress, organizado pela Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações.

Questionado pelos jornalistas, o ministro das Infra-Estruturas disse ter "imensas condições para continuar" e confrontado com a insistência nas perguntas, pediu para o deixarem andar e entrar na sala onde decorria o evento: "Posso andar ou não? Estou a pedir para me deixarem entrar.” E quanto à tensão entre os palácios de São Bento e de Belém gerada pela sua manutenção no Governo, o socialista esclareceu nada ter a acrescentar ao que já disse António Costa: "Nada tenho nada para acrescentar sobre a matéria além do que disse o primeiro-ministro”, frisou em declarações reproduzidas pelas televisões.

Sobre as perguntas acerca da polémica relacionada com o ex-adjunto Frederico Pinheiro – ou ainda as questões em torno das reuniões preparatórias mantidas com a ex-CEO da TAP antes da ida da gestora ao Parlamento para ser ouvida na Comissão de Economia –, Galamba disse que dará as "explicações que faltam dar" na comissão de inquérito​. Até ao momento não foi ainda agendada a data para o ministro ir à comissão agora presidida por António Lacerda Sales.

Na conferência propriamente dita, João Galamba fez questão de avisar, segundo escreve o Observador, que não iria abordar a polémica. Já na sua intervenção, o ministro defendeu a “separação adequada” entre as políticas públicas e a acção da Anacom.

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